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Nova terapia diminui o risco de progressão e morte de pacientes com câncer no sangue

Postado em 03/02/2020



Uma nova terapia para pacientes e profissionais de saúde que enfrentam a alta taxa de mortalidade do mieloma múltiplo é lançada no Brasil. A doença é um tipo agressivo de câncer do sangue e não é fácil de ser diagnosticada precocemente, porque os sintomas se assemelham com os de outras patologias.

 

A terapia com carfilzomibe, da Amgen, junto com dexametasona e daratumumabe -uma potente combinação-  foi apresentada durante o 61º congresso anual da Associação Americana de Hematologia (ASH). Indicando o aumento na expectativa de vida, com redução de 37% no risco de progressão ou óbito em pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário.

 

A combinação também atendeu os principais pontos secundários, como taxa de resposta global de 84,3%, e resposta negativa para doença residual mínima de 12,5% aos 12 meses - 10 vezes maior em relação aos pacientes tratados apenas com a terapia padrão.

 

O mieloma múltiplo é um câncer hematológico incurável, caracterizado por um padrão recorrente de remissão e recaída no quadro do paciente. É uma doença rara e que representa aproximadamente 1% de todos os tipos de câncer. No mundo, cerca de 160 mil pessoas são diagnosticadas com mieloma múltiplo a cada ano e 106 mil mortes de pacientes são relatadas anualmente.

 

O mieloma múltiplo acomete, principalmente, pessoas a partir dos 70 anos de idade, porém, é cada vez mais comum em pacientes diagnosticados abaixo dessa faixa etária.

 

No Brasil, a doença é um grande desafio para os pacientes e profissionais de saúde, especialmente, pela dificuldade do diagnóstico precoce da doença. A doença pode ser assintomática ou ter sintomas agressivos como dores e fraturas ósseas, além do cansaço excessivo, que podem ser confundidos com outras patologias.

 

Uma pesquisa realizada pela ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) com 200 pacientes de mieloma de todo o Brasil identificou que 44% dos entrevistados tiveram dificuldades para receber o diagnóstico, sendo que 29% demoraram até um ano para receber o diagnóstico definitivo.

 

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